domingo, 26 de junho de 2011

O vício

Sabe aquela velha frase “a melhor defesa é o ataque”? Pois é, na prática isso não é tão fácil de se observar, especialmente quando você se dá conta que está sendo atacado. O problema é que, diferentemente do vemos nos filmes, os ataques não se resumem às batalhas em que na grande maioria das vezes os inimigos são facilmente distinguidos. Na vida real, o ataque pode está vindo do próprio amigo, ou talvez esta expressão não seja aquilo que queríamos que fosse. Acho que é melhor utilizar o termo “aliado”, isso porque se trata de uma posição, isto é, de algo que é relativo e pode mudar com uma suave variação de humor. Eu costumo dizer que quando você está dentro da bola, a tendência é que você se concentre cada vez mais no interior e esqueça o lado externo. Então se você não consegue sair da bolha, o confinamento vira um vício impelido pelo desejo de fazer aquilo que você acredita, mesmo fazendo parte de um plano muito bem orquestrado e milenar e do qual você não é nada mais do que uma peça do grande jogo, em que vaidade e capacidade parecem ser a mesma coisa. E quando sabemos que está na hora de sair da bolha? Estive pensando que a hora certa não existe, pois existe outra bolha concêntrica maior do que a que estou agora. A pergunta correta talvez seja: Para que bolha eu quero ir.

Antes que pareça que estou querendo inventar um texto bem estruturado que acabe se tornando um clássico que irá resolver os grandes problemas da humanidade, vamos voltar para dentro de casa, onde os problemas estão acontecendo agora e gritando por uma resposta, problemas que ficam insistentemente ecoando em meus ouvidos, clamando por atitudes novas de uma pessoa que vive se surpreendendo com o frágil comportamento humano. Como pode uma pessoa acreditar em algo e se permitir trilhar outros caminhos que, aparecendo como uma oportunidade para ganhar maturidade, acabam se mostrando uma encruzilhada em que você acaba sendo comparado com os desejos egoístas daqueles que estão nesses mesmos caminhos e têm a certeza que estes são os únicos a se seguir, pois não veem cascatas que requeiram o entusiasmo que eu sinto em dominá-las por meio de escaladas que conduzem sempre ao topo?

Livre das mínimas sobras de dúvidas, eu sei exatamente o que quero, e sei que o caminho existe, assim como sei que o caminho é um labirinto formado por pequenas peças, traiçoeiras na sua maioria, que não podem ser movidas depois que você passa por elas. O que me faz acreditar que posso chegar ao lugar onde o pote de ouro está é saber que posso criar novas peças para esse jogo com as ferramentas que adquiro a cada dia que passa. Só eu posso criar essas peças.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Caso de fraude no mundo da química

Bastante preocupante a idéia de fraude que está sendo investigada e que envolve um pesquisador senior do Brasil. Impossível não ficar apreensivo. É claro que a competição no meio acadêmico tem se mostrada cada vez mais acirrada mas não se justifica utilizar meios ilícitos para conseguir alavancar o currículo e inflar o número de publicações. Claro que também não é sensato fazer prévio julgamento, pois se sabe ao certo quem de fato é o culpado (ou quem são), mas a verdade é que quando pessoas agem dessa maneira, os demais pesquisadores, estudantes e o próprio nome do nosso país ficam manchados, isto é, quem acaba limpando a sujeira são aqueles que não gostam de lama...
http://eptv.globo.com/campinas/noticias/NOT,1,1,342417,Unicamp+investiga+acusacao+de+fraude+em+artigos+cientificos+de+professor+de+quimica+Claudio+Airoldi+em+Campinas.aspx

quarta-feira, 30 de março de 2011

Começando

Ok, aqui vamos nós. Às vezes são tão tantas ferramentas e tão pouco pouco o nosso domínio sobre como as utilizar que elas parecem obsoletas antes mesmo de a utilizarrmos. Não sei até que ponto irei considerar esta como "um diário que qualquer um pode ler", ou mesmo até que ponto darei continuidade. Sei, no entanto, que é sempre empolgante a idéia de algo novo, de um espaço para tentar lançar as idéias que vêm bagunçadas da cabeça e torná-las compreensíveis para outras pessoas. Talvez assim eu possa compreendê-las! Por outro lado, pode ser uma forma de evitar o esquecimento de algumas idéias que um dia podem ser úteis, talvez até úteis para alguém mais além de mim. É isso, vamos tentar!